terça-feira, 31 de maio de 2011

Cachorrinho bonitinho.

Acho que peguei uma maldição. Não sei bem como explicar e talvez seja apenas um monte de coincidências, mas coisas estranhas estão acontecendo comigo. Tudo começou hoje de manhã, quando saí, bem cedo, para cometer um pecado. Ainda estava escuro quando cheguei a rua e fui direção à padaria com um plano diabólico na cabeça: comprar um pãozinho. Era só um, e eu pretendia comê-lo no café da manhã e já tinha até me convencido, durante minha insônia matinal, que não seria uma quebra de dieta tão grave assim. Porém, no meio do caminho, o cão apareceu na minha frente. Era um cachorro desses de rua, com um pelo meio amarelo, comprido e abundante e até que tinha uma fisionomia simpática. Teria passado despercebido, como um vira-latas qualquer, não fosse por um pequeno e curioso detalhe: seu rabo só abanava para um lado.

Trocamos olhares por apenas alguns instantes, mas aquilo, de alguma forma, mexeu comigo. Quando cheguei a padaria, não conseguia tirar minha mente daquele rabo peludo abanando sempre para o mesmo lado sob a iluminação ainda fraca do sol nascente. Será que ele fazia isso de propósito ou era uma deficiência qualquer? Enfim, dediquei mais uns 7 minutos inteiros sobre o assunto até que saiu a primeira fornada da manhã e meus pensamentos tomaram outro rumo. Voltei pra casa com meu pão e uma garrafa de leite. O primeiro, recheei com uma fatia de queijo e, o segundo, esquentei e coloquei no café, para afastar o frio matinal que estava de matar. Me enrolei num cobertor e fui para o sofá, ter minha primeira refeição do dia. Porém, logo no primeiro gole, senti algo estranho em minha boca e, quando percebi, estava babando tudo. O café com leite escorria pelo meu peito. Foi ai que percebi. Estava segurando a caneca com a mão esquerda, quando minha direita é a que funciona bem. Mas por que estava fazendo aquilo? Refleti sobre o assunto por alguns instantes e, num estalo, a solução se apresentou pra mim. Voltei a pensar no rabo do tal do cachorro. Era isso, só podia ser, o cão me amaldiçoou e, agora, só um lado do meu corpo estava funcionando.

Precisava ter uma prova, saber se tudo não passava de impressão ou se era, de fato, uma maldição. Decidi morder o sanduíche. A mão que se estender até o prato foi novamente a esquerda. Isso não provava nada. Ignorei e mordi. Apenas meu lado esquerdo mastigava! Desesperei e desisti do pão. Achei melhor tomar banho e me preparar para o trabalho. Foi difícil mas, conforme caminhava para o escritório, a perna direita parou de arrastar e as coisas foram voltando ao normal. Até o lado esquerdo parou de parecer mais bem lavado do que o direito. Talvez tivesse sido só impressão. Talvez, não fosse pelo café que decidi tomar agora pouco. Minha camisa está imunda! Uma mancha de café bem no lugar do coração. Não sei mais o que fazer, mas estou buscando na internet contra-feitiços para maldições de cachorros que abanam o rabo para um lado só. Alguém tem alguma dica?

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A prática de esportes.

Estou tentando arranjar um novo exercício físico. Todo mundo sabe que atividades físicas regulares, o bom e velho esporte, ajuda a perder peso mas uma coisa que eu sei é que eu odeio fazer esforço. Então, dediquei esse final de semana a criação de um novo esporte, um que se adéqüe as minhas necessidades.

A primeira idéia foi a corrida rolada da ladeira abaixo. A parte boa é que basta deitar no topo da ladeira e rolar. Quem chegar primeiro no final dela ganha. A parte ruim é que precisa de, pelo menos, dois participantes. Sem contar que, quanto mais esférica, mais vantagens a pessoa tem o que pode gerar uma vontade de engordar mais a ponto de atingir a excelência no esporte.

A segunda idéia foi o velocismo em mastigação. As regras são muito simples: escolhe-se um alimento difícil de mastigar, tipo um pedaço de coco ou uma cenoura e, quem mastigar mais rápido, ganha. O bom é que pode ser praticado com alimentos não engordativos e os treinos podem acontecer durante a hora do lanche. O ruim é que pessoas com dentaduras não podem participar.

A terceira idéia foi o equilibrismo no chão amanteigado. É muito fácil. Basta espalhar manteiga no chão e tentar se equilibrar pelo maior tempo possível. A parte boa é obvia: envolve manteiga e tudo o que envolve manteiga fica mais gostoso. Os problemas deste, porém, são dois. Primeiro existem possibilidades reais e grandes de um tombo, o que pode doer um bocado. Depois, dependendo do estado de espírito do competidor, pode gerar uma vontade incontrolável de lamber o chão do ringue...

Enfim, ainda não sei como vou me virar com minhas atividades físicas, mas algo me diz que preciso de uma idéia melhor... De qualquer forma, vou mandar minhas sugestões pro Rio, pra ver se é possível incorporar alguma coisa pra 2016.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Virei abóbora.

Sabem aquela história que quando passa da meia noite alguma coisa vira abóbora? Então, tenho duas coisas para dizer a respeito. A primeira delas é que não vira abóbora, vira moranga! Ta certo que moranga é um tipo de abóbora, mas isso gera uma baita confusão na cabeça das crianças. Ou, talvez, eu apenas tenha sido uma criança lerda. Mas o fato é que até uns 12, 13 anos, eu não conseguia entender nada!

A segunda coisa, que talvez seja mais importante, é que esse negócio de depois da meia noite virar abóbora aconteceu comigo ontem. Quer dizer, moranga. Tá certo que a coisa teve algumas pequenas modificações da história original, como por exemplo não era meia noite e sim oito e meia e eu não virei abóbora e sim a moranga que se transformou em mim! Calma, não estou falando sobre um clone, principalmente porque precisaríamos de uma plantação inteira para ter matéria prima suficiente para me copiar, pelo menos em escala real. Estou falando do meu jantar.

Aproveitando a deixa dos contos de fadas, uma moranga recheada, num passe de mágica, apareceu me esperando para o jantar quando cheguei em casa. Como tinha sido um longo dia de trabalho e eu estava com fome, flutuei até a mesa (leve que estou!!!) e mandei ver. Tava passando um filme bom na tv e eu fui comendo, comendo, comendo... e, daí, ouvi as 8 badaladas e meia no relógio e puff! Cadê a moranga?? Tinha desaparecido. Se transformado em mim! Ou melhor, se transformado nesse penduricalho extra em minha pança. Terrível. Estou até pensando em escrever uma carta para a associação de fadas madrinhas e ver se consigo reverter a situação. Vou denunciar ela pro Procon!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

FDS gelado.

Nesse final de semana gelado, eu passei o tempo todo olhando para um pedaço de queijo e uma garrafa de vinho. Foi sexta feira, sem querer, ou melhor, por impulso, ou melhor ainda, por uma crise de loucura, que eu comprei os itens. Mas ambos, álcool e queijo estão fora da minha dieta. Ainda mais o queijo que eu comprei e na quantidade que comprei. Droga. Sexta foi difícil de resistir, mas o cansaço era tanto que, quando percebi, já estava dormindo. Quer dizer, quando percebi, era sábado de manhã e eu acordei no sofá da sala.

Meu plano era passar o final de semana todo no sofá e não sair de casa a não ser que ocorresse um desastre, como um incêndio, um tornado, um terremoto... mas quando me peguei considerando a possibilidade de um golinho de vinho as nove e meia da manhã, achei que o desastre poderia ocorrer de qualquer forma e dei o fora dali!

Não sei o que foi pior. Acabei encontrando pessoas conhecidas e quando percebi estava numa mesa em um restaurante de vende feijoada! Foi só arroz, feijão e couve, mas só ai já devia ter minha cota de gordura para um mês inteiro. Sem contar que tive que agüentar a cara das pessoas olhando pra mim e, mesmo sem dizer nada, perguntando por que raios eu estava deixando todas as lingüiças no prato! Isso me deu uma idéia, acho que vou adotar a alimentação vegetariana socialmente. Resolve um monte de problemas!!! Mas isso fica para outro post.

Enfim, com o peso na consciência da feijoada, sabado a noite me comportei exemplarmente. Mas já posso adiantar que domingo não deu. Eram seis da tarde e estava lendo um livro e, para minha sorte, o personagem principal estava em uma cena na qual ele fazia o quê? Tomava vinho! Tá certo que a bebida acompanhava um belo prato de costeletas de cordeiro, mas meu queijinho deu pro gasto. Pelo menos foi só meia garrafa. E prefiro dizer que foi um rato quem comeu a segunda metade do queijo. É a minha história e fico com ela até a morte!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Entalei.

Gente do céu, esse negócio de sexta-feira 13 funciona mesmo. Deu simplesmente tudo errado até agora. To considerando seriamente a possibilidade de me enfiar na cama e não sair mais de lá até o dia 14. De manhã, quando eu levantei com toda a disposição do mundo para mais um dia, a primeira coisa que fiz foi pisar em minha própria bagunça e machucar meu pé. Tinha deixado um bloquinho do lado da cama e a espiral de metal pode ser bem dolorida quando comprimida sobre a pele ainda sensível e recém acordada. Mas tudo bem, até ai não tem problema, vivo esquecendo coisas no chão e pisando nelas depois. Acontece que as coisas continuaram um tanto quanto sinistras. Macabras se preferir. Montei os apetrechos para fazer o café e, enquanto eu virava água fervendo no pó, advinha o que aconteceu? Aquele portal filtro que eu não sei o nome virou! O resultado: mó sujeira em cima da mesa e água fervendo na minha perna direita!

No caminho pro trabalho, todos os sinais de um dia sombrio continuavam lá: tropecei, apesar de não ter caído, esbarrei em duas pessoas e deixei o envelope que carregava cair 3 vezes! Mas até então eu não conseguia entender o por quê disso. Foi só quando cheguei ao escritório e descobri que faltava uma rodinha em minha cadeira e que meu monitor não queria ligar que me contaram que era sexta feira 13. Tava tudo explicado!

E o resto da manhã passou tranqüilo, tirando uma prendida de dedo na porta, uma prendida de dedo na gaveta, uma batida de cotovelo na maçaneta e uma enfiada de testa no batente até que chegou a hora do lanche! Tava morrendo de fome mas, dado meu incidente com o café, não me lembrei de trazer nada para comer. A solução: um pulo na lojinha da frente e uma barra de cereais. Ainda não gosto delas, mas fazer o que né? Se bem que sexta feira 13... é perigoso. Podia ficar com a barrinha entalada na garganta! Ia ser ridículo, o lanchinho assassino, o terror das dietas! Mas a maldição se concretizou antes deu me apossar de qualquer coisa comestível. Estava saindo do prédio e não é que me entalei na catraca! Ta certo que, dessa vez, não foi por gordura, mas mesmo assim o abalo psicológico dessa situação é terrível. Foi a própria catraca que emperrou, comigo no meio! E pra desemperrar??? Mais de 10 minutos! Acabei me atrasando pro lanchinho.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Quando o universo apronta...

Já faz um tempão que acabou a páscoa mas adivinha se os ovos de chocolate já se esgotaram? Pois é, não! Uma colega aqui do trabalho foi numa lojinha e achou um saldão de ovos. Moral da história, ela adquiriu um saco de 2 quilos de mini ovinhos e veio distribuí-los no trabalho. Dá pra acreditar? Quando cheguei já tinha um esperando por mim em minha mesa. Daí, foi aquela coisa né, passei o dia todo olhando pro ovinho e o ovinho olhando pra mim e a força de vontade resistindo cada vez menos e...

Consegui não comer ele durante o dia todo, mas isso não significa que não o peguei e analisei por diversas vezes, imaginando seu gosto, tentando sentir seu cheiro, lambendo sua embalagem... Mas o dia passou e chegou a hora de ir embora, sem grandes prejuízos. E foi aí que eu fiz a besteira. Não sei porque, é mais uma daquelas coisas inexplicáveis, mas peguei o ovinho e o levei comigo para minha caminhada de volta ao lar. E, as 6 da tarde, a cada passo a fome aumenta e a cada quarteirão a gula cresce até que chegou um momento que se tornou inevitável! Decidi comer o maldito chocolate.

Tinha acabado de começar a descer a ministro rocha Azevedo quando peguei o ovinho, com a boca já salivando. Porém, minha pele naturalmente gordurosa e escorregadia não proveu aderência suficiente para meus dedos e o ovinho escorregou e caiu no chão. Agora, pra quem não conhece a rua em que eu me encontrava, uma breve descrição: um puta ladeirão! E sabe o que acontece com coisas redondas em ladeiras? Elas rolam! E assim foi, quando abaixei para tentar recuperar meu chocolate, percebi que ele estava rolando ladeira abaixo. E o que eu fiz? Saí atrás dele! Imagine a cena: uma pessoa extremamente grande e lenta atrás de um chocolate extremamente pequeno e rápido. Deve ter sido, no mínimo, patético! E sempre que eu abaixava para tentar pegar ele já tinha descido mais! Insuportável. No final das contas, o ovinho rolou para o asfalto e desceu, pelo menos, três quarteirões até que eu o perdesse de vista. Para piorar minha situação, tinha descido mais do que o necessário e tive que subir dois inclinadissimos quarteirões até a minha rua! É claro que na hora a única coisa que eu podia sentir era raiva. Raiva do universo por me pregar uma peça dessas! Mas depois que minha cabeça esfriou, que eu cheguei em casa e comi 2 cenouras, cheguei a conclusão que, talvez, pelo menos dessa vez, o universo estava do meu lado. Me impediu de comer chocolate e ainda me fez subir ladeira! Quem sabe alguém lá em cima começou a gostar de mim...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Nevadas.

Hoje eu descobri que claras em neve são uma de minhas coisas preferidas! Historicamente eu odiava elas porque, além de dar um trabalhão pra fazer não eram poucas as vezes que tudo desandava ou que eu ficava com câimbra no pulso de tanto bater ou derrubava tudo no chão. Sem contar que sempre que eu misturava as claras no bolo elas se desfaziam quase que instantaneamente. Ah, os velhos tempos fora da dieta... fazia tantos bolos. Mas a parte triste é que normalmente eles ficavam ruins. E, a parte ainda mais triste é que, mesmo assim, eu os comia. Às vezes inteiros. Até as última migalhas... Isso sem contar a lambança que eu fazia com a calda. Não me orgulho muito disso mas tiveram vezes que tomava ela ainda quente, direto da panela, como se fosse sopa. Mas voltemos ao tópico principal porque esse está me dando nostalgia. E fome.

O caso com as claras em neve é o seguinte: não tinha absolutamente nada para o café da manhã em casa. Preciso fazer compras mas estou adianto porque ando com muita fome de muita coisa o tempo todo e é bem provável que eu cometa alguns pequenos exageros se for ao supermercado nesse estado. Enfim, a única coisa comestível que tinha em minha cozinha, ou melhor, a única coisa comestível que eu podia comer no café da manhã sem que o resto das pessoas atravessassem a rua quando me vissem e apontassem seus dedos para mim com expressões horrorizadas, era um ovo. É claro que ovo frito seria uma delícia, principalmente com bacon, mas isso estava fora de questão. Em parte porque não tinha bacon e em parte porque ainda tenho um pouco de juízo. A solução mais magra seria um ovo quente. Mas o problema é que eu sempre erro e acabo ficando com um ovo cozido e eu odeio ovo cozido. Tá certo que, na hora da fome, qualquer coisa vai, mas se meu fruto galináceo passasse do ponto eu ia acabar ficando o dia todo de mau humor.

Mas minhas opções não estavam esgotadas, eu ainda podia fazer um omelete. Mais do que isso, podia assar um omelete! (principalmente porque minha frigideira anti aderente tem aderido bastante desde a última vez que usei). E daí, como é o caminho evolutivo lógico para isso, pensei: porque não bater as claras em neve? E foi assim que eu fiz. Bati a clara, misturei com a gema e um pouquinho de leite e fiz uma espécie de suflê de ovo! Assim, não ficou muito gosto não. Mas ficou grande! É mais ou menos como o milagre da multiplicação! Parecia que eu tinha comido muito, mas era apenas um ovo! Saí de casa me achando uma passagem da bíblia com meu feito, mas acabei me atrasando, e muito, para o trabalho. Preciso dar um jeito de gastar menos do que 22 minutos para bater minha clara...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Jogatina.

Tive uma idéia. Uma idéia meio (totalmente) maluca, mas é uma idéia. Vou criar uma casa de apostas: você vai e aposta no seu peso! Funciona da seguinte forma: quem quiser perder 1 quilo em duas semanas vai lá e aposta que vai perder esse peso. Se conseguir, ganha dinheiro! E, é claro, se não conseguir, perde. É bom porque é um incentivo a mais pra que as pessoas não se saiam da dieta! Certamente eu faria de tudo pra não sair da linha, afinal de contas, melhor que perder peso, só perder peso e ganhar uma grana!

Tá certo, existe um monte de complicações para fazer isso de verdade, principalmente porque eu tenho a impressão que apostas no Brasil são ilegais e tudo mais, mas não nos detenhamos nos detalhes agora. Mas ia ser uma boa hein, criar a máfia da dieta! Quem tá dentro?? Haha. Nós poderíamos controlar desde as casas de aposta até os carregamentos ilegais de bombons e picolés! E de barras de cereais! Sem contar os acampamentos para gordinhos! Falando nisso, alguém sabe se esses acampamentos existem no Brasil??? Ia ser o máximo participar de um, como nos filmes da seção da tarde!

Outra idéia é... não, chega! Melhor parar por aqui com minha tarde empreendedora de negócios para regime! Não quero chefiar minha própria máfia e planos mirabolantes não vão ajudar tanto. Mas, quem sabe, um dia eu aprenda: o segredo pra dieta é fecha a boca e não enche o saco!