Ah, nada como um sábado esportivo. Acabo de chegar em casa de uma caminhada de quase 4 horas. Tô seriamente pensando em me inscrever para as olimpíadas. Alguém sabe como faço isso? Quero ir para a do rio, porque vou a pé, treinando pelo caminho. Saio agora e em 2016 chego lá!
Putz, mas tenho que admitir, minhas pernas estão um pouco doloridas. Talvez alguém fale: bem feito, quem mandou andar tanto tempo de uma vez sem te preparo físico (o qual, definitivamente, não tenho) para isso? E minha resposta seria: mas não foi minha culpa! E o pior é que não foi mesmo. Quer dizer, minha culpa foi, mas de um jeito diferente. Meu plano não era andar tanto tempo, mas minha falta de neurônios, e de senso de direção, fizeram com que eu me perdesse. A verdade é a seguinte, andei uma meia hora e decidi virar duas esquinas e voltar pra casa. Quando percebi, já tinha andado mais meia hora e estava mais longe ainda, nem conhecia mais as ruas. É claro que meu orgulho e auto-estima não permitiram que eu assumisse minha falta de ideia sobre o lugar onde eu estava e pegasse o mesmo caminho que tinha usado para vir para voltar. É o bom e velho: resolvi pegar um atalho.
Uns vinte minutos depois, encontrei uma rua conhecida. Infelizmente, conhecida, nesse caso não é sinônimo de próxima de casa. Meu atalho tinha me levado para mais longe ainda! Daí, foi o destino. Dei de cara com um restaurante que vendia frango assado. Achei melhor parar para almoçar e repor as energias. Mas é claro que o tempo no restaurante também vale como caminhada, afinal, ainda vestia meu traje específico! O frango tava ótimo e para acompanhar foi só uma saladinha. E, como não gosto de mentir, um pouquinho, quase nada, de farofa. Quer dizer, talvez um pouco mais que um pouquinho, quase nada, mas não vem ao caso. Enfim, depois de encher o tanque, ou o barril, como preferir, pedi informações para o garçom e peguei o caminho de volta pra casa. Agora, ou o garçom me sacaneou ou eu não entendi direito e virei em um lugar errado, porque quanto percebi estava, mais uma vez, mais longe ainda. Daí peguei um taxi. Quando entrei no carro, parei de contar o tempo de caminhada, mas não vou abrir mão de contar como tempo de corrida!
Ps: estou vendendo uma frigideira. Semi anti aderente. Levemente usada...
sábado, 30 de abril de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Massas voadoras.
Uma das coisas que acho mais divertidas na vida é fazer panquecas. Tá certo que talvez isso de a entender que minha vida é chata vazia e inútil, mas fazer o que? Gosto de fazer panquecas. Principalmente a parte de jogar elas pra cima na hora de virar. Ontem, depois de mais um dia cansativo, mas sem machucados, resolvi que discos de massa era a melhor opção para a noite, quando cheguei em casa. Em alguns instantes fiz a massa e comecei com a diversão. Acho que quem quer que tenha sido o sujeito que inventou a frigideira anti aderente é um gênio! Já tinha feito 4 panquecas e nenhuma tinha grudado! A quinta, não deu certo. Não é que grudou nem nada, continuo glorificando as frigideiras anti aderentes. Mas, bem na hora que comecei a dar o impulso para jogar minha massinha para cima, o telefone tocou e eu tomei um baita susto!Eu acho que devia instalar uma câmera de vigilância na minha cozinha porque gostaria muito de me ver aprontando essas coisas que apronto de tempos em tempos. Deve ter sido ridículo: com o susto, minha mão saiu do rumo e eu coloquei muito mais força do que o necessário. Meu corpo, porém, ficou imóvel sem conseguir esboçar nenhuma reação para tentar segurar a panqueca que caiu no chão, bem do meu lado, com a parte ainda crua e, portanto, líquida, virada para baixo. Baita meleca.
Depois de algum tempo sem saber o que fazer, larguei tudo e fui atender ao telefone, que continuava enchendo o saco. Era minha mãe e, pobrezinha dela, foi julgada por mim e considerada culpada e única responsável pelo meu acidente. Mas ela me acalmou e conseguiu falar todas as 23 coisas diferentes que tinha para me contar enquanto eu pensava no chão sujo que eu teria que limpar. Enfim, depois de alguma coisa entre 7 ou 9 minutos, consegui desligar e voltei para a cozinha imaginando que a panqueca espatifada no chão já devia ter criado vida de tanto tempo que passou lá. Mas a má noticia era outra: tinha largado minha pobre frigideirinha ante aderente no fogão aceso! Coloquei ela na pia na tentativa de salvá-la e uma cortina de fumaça me envolveu. Quando ela parou de evaporar toda a água que eu jogava, coloquei ela na cuba e a deixei lá. Até agora ainda não fui olhar o tamanho do estrago.
Moral da história: tinha apenas 4 panquecas para o jantar. O que não é tão ruim assim se pensarmos que panquecas engordam e eu estou de dieta. Mas é bem deprimente lembrar que o recheio delas foi salada de alface com tomate picado. E que a combinação ficou terrível!
Depois de algum tempo sem saber o que fazer, larguei tudo e fui atender ao telefone, que continuava enchendo o saco. Era minha mãe e, pobrezinha dela, foi julgada por mim e considerada culpada e única responsável pelo meu acidente. Mas ela me acalmou e conseguiu falar todas as 23 coisas diferentes que tinha para me contar enquanto eu pensava no chão sujo que eu teria que limpar. Enfim, depois de alguma coisa entre 7 ou 9 minutos, consegui desligar e voltei para a cozinha imaginando que a panqueca espatifada no chão já devia ter criado vida de tanto tempo que passou lá. Mas a má noticia era outra: tinha largado minha pobre frigideirinha ante aderente no fogão aceso! Coloquei ela na pia na tentativa de salvá-la e uma cortina de fumaça me envolveu. Quando ela parou de evaporar toda a água que eu jogava, coloquei ela na cuba e a deixei lá. Até agora ainda não fui olhar o tamanho do estrago.
Moral da história: tinha apenas 4 panquecas para o jantar. O que não é tão ruim assim se pensarmos que panquecas engordam e eu estou de dieta. Mas é bem deprimente lembrar que o recheio delas foi salada de alface com tomate picado. E que a combinação ficou terrível!
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Quem brinca com fogo...
Existe um provérbio ou coisa do tipo na língua portuguesa que diz: quem brinca com fogo acaba por se queimar. Muito sábio quem pensou e lançou esse ditado. Não tem como, se você é um ser vivo idiota e sem coordenação motora, devia ser mantido a distância de caixas de fósforos, fogões, fogueiras, isqueiros, incêndios e, principalmente maçaricos. Sim, todo mundo já deve ter adivinhado o que aconteceu. Dado que não é segredo minha falta de coordenação, nem minha falta de inteligência e, muito menos, minha falta de sorte, fica meio óbvio deduzir que eu me queimei.
Tudo começou com uma passada no supermercado depois de um longo dia de trabalho, uma tentativa de deixar os peitos de frango assados mais apetitosos e uma promoção de maçaricos. Quando vi que os maçaricos estavam por menos de 15 pratas, somado ao fato de que sempre quis muito ter um, minhas mãos automaticamente colocaram o objeto dentro de meu carrinho e minha mente, inescrupulosamente, começou a imaginar que minha nova aquisição seria perfeita para queimar a camada de açúcar em cima do creme brulée. Já estava até na frente das favas de baunilha quando me dei conta de quão absurdo era meu plano: eu não posso sair fazendo doces em plena quarta feira sem motivo algum! Foi difícil, mas consegui abandonar a idéia do pecado. Porém, não consegui abandonar meu maçarico e ia ser muito chato comprá-lo e não ter no que usar.
Foi aí que surgiu a idéia! Comprei um peito de frango e, quando cheguei em casa, coloquei-o no forno, sem óleo e, claro, sem pele. Alguns bons minutos depois, meu galináceo estava pronto, porém, com aquela cara nada agradável de frango sem pena, pele e sabor. Foi aí que o maçarico entrou em ação. Passei a chama delicadamente sobre a carne e o peito ficou todo dourado, lindo e, principalmente, apetitoso! Mas, apesar de ter sido uma facilidade só ligar meu aparelhinho novo cuspidor de fogo, quem disse que eu sabia desligar o treco? Soltei o botão que tinha apertado para ligar (e que ainda segurava) mas não adiantou nada. Então, girei uma rodinha que tinha na parte de trás. Foi meu maior erro. Aquela rodinha aparentemente inocente era quem regulava o tamanho da chama e, óbvio, eu girei pro lado que aumentava. O problema é que aumentou muito!! Na hora, bateu um desespero e eu acabei deixando o negócio cair no chão, bem ao lado dos meus pés. Pés descalços. E chamuscados agora... Na verdade meus reflexos agiram de forma rápida e não chegou a queimar queimar, apenas deu uma boa esquentada. O chão é que ficou meio amarelado. E dá pra acreditar que depois que o susto passou e eu peguei de novo o tal do maçarico, ainda aceso, descobri que é a coisa mais fácil do mundo de desligar?? Pois é, essa semana eu to acumulando machucados... Tomara que até sexta eu arranje um corte na barriga. Daí, quem sabe a banha vaza.
Tudo começou com uma passada no supermercado depois de um longo dia de trabalho, uma tentativa de deixar os peitos de frango assados mais apetitosos e uma promoção de maçaricos. Quando vi que os maçaricos estavam por menos de 15 pratas, somado ao fato de que sempre quis muito ter um, minhas mãos automaticamente colocaram o objeto dentro de meu carrinho e minha mente, inescrupulosamente, começou a imaginar que minha nova aquisição seria perfeita para queimar a camada de açúcar em cima do creme brulée. Já estava até na frente das favas de baunilha quando me dei conta de quão absurdo era meu plano: eu não posso sair fazendo doces em plena quarta feira sem motivo algum! Foi difícil, mas consegui abandonar a idéia do pecado. Porém, não consegui abandonar meu maçarico e ia ser muito chato comprá-lo e não ter no que usar.
Foi aí que surgiu a idéia! Comprei um peito de frango e, quando cheguei em casa, coloquei-o no forno, sem óleo e, claro, sem pele. Alguns bons minutos depois, meu galináceo estava pronto, porém, com aquela cara nada agradável de frango sem pena, pele e sabor. Foi aí que o maçarico entrou em ação. Passei a chama delicadamente sobre a carne e o peito ficou todo dourado, lindo e, principalmente, apetitoso! Mas, apesar de ter sido uma facilidade só ligar meu aparelhinho novo cuspidor de fogo, quem disse que eu sabia desligar o treco? Soltei o botão que tinha apertado para ligar (e que ainda segurava) mas não adiantou nada. Então, girei uma rodinha que tinha na parte de trás. Foi meu maior erro. Aquela rodinha aparentemente inocente era quem regulava o tamanho da chama e, óbvio, eu girei pro lado que aumentava. O problema é que aumentou muito!! Na hora, bateu um desespero e eu acabei deixando o negócio cair no chão, bem ao lado dos meus pés. Pés descalços. E chamuscados agora... Na verdade meus reflexos agiram de forma rápida e não chegou a queimar queimar, apenas deu uma boa esquentada. O chão é que ficou meio amarelado. E dá pra acreditar que depois que o susto passou e eu peguei de novo o tal do maçarico, ainda aceso, descobri que é a coisa mais fácil do mundo de desligar?? Pois é, essa semana eu to acumulando machucados... Tomara que até sexta eu arranje um corte na barriga. Daí, quem sabe a banha vaza.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Uma pilha de ossos.
Hoje, fui almoçar com uma amiga aqui do trabalho. Fomos a um por quilo, ou melhor, a um por tonelada, como eu chamava antes da minha época de dieta, montamos nossos pratos e sentamos. Me bateu um baita orgulho! Ela é super magra e, apesar de ambos os pratos serem compostos apenas por frango e salada, o dela batia o meu fácil em quantidade! Ta certo que ela pegou peito de frango e eu peguei coxinhas da asa, mas ela pegou dois peitos grandes e eu, apenas 4 coxinhas bem pequenininhas. Além disso, minha salada estava temperada apenas com sal e limão e a dela tinha um daqueles molhos cremosos de maionese.
O assunto da refeição foi apenas um: o novo projeto em que vamos trabalhar. Eu nunca trabalhei junto com ela antes mas sempre soube que ela era muito inteligente e muito boa no que faz então acho que vou aprender bastante coisa. É sempre bom aprender, mas não sei se me animo muito dessa vez, afinal de contas, porque diabos eu iria querer aprender sobre moldadores a vácuo de espuma de alta densidade para roupas femininas??? Mas trabalho é trabalho e vou ter que dar um jeito de aprender pra que essa geringonça serve. Até agora já descobri que ela é grande, barulhenta e consegue fazer alguma coisa com 250 quilos de espuma por hora. Mas, na verdade, eu não posso sair falando por ai que ela é barulhenta. Nem que eu não sei o que ela faz com a espuma!! Então, bico fechado hein!
Mas, enfim, voltando ao assunto principal. Como disse, meu prato ficou muito menor e muito mais leve e, apesar de não ter escolhido a parte mais magra do frango, peguei só 4 coxinhas (da ASA!) que além de tudo são assadas e não fritas como o peito de frango alheio. Mas, como tudo que é bom dura pouco, no final da refeição, todo minha sensação de orgulho foi embora. Não, não comi sobremesa. Mas, enquanto ela comeu tudo o que tinha no prato dela, eu deixei pra trás meus ossos. Resultado: com os pratos vazios, parecia que eu tinha comido um monte de frango, o suficiente para deixar uma pilhinha de ossos e ela não! Eu sei que não devia comparar essas coisas, mas é inevitável. A gordura permeia até mesmo meu azar...
O assunto da refeição foi apenas um: o novo projeto em que vamos trabalhar. Eu nunca trabalhei junto com ela antes mas sempre soube que ela era muito inteligente e muito boa no que faz então acho que vou aprender bastante coisa. É sempre bom aprender, mas não sei se me animo muito dessa vez, afinal de contas, porque diabos eu iria querer aprender sobre moldadores a vácuo de espuma de alta densidade para roupas femininas??? Mas trabalho é trabalho e vou ter que dar um jeito de aprender pra que essa geringonça serve. Até agora já descobri que ela é grande, barulhenta e consegue fazer alguma coisa com 250 quilos de espuma por hora. Mas, na verdade, eu não posso sair falando por ai que ela é barulhenta. Nem que eu não sei o que ela faz com a espuma!! Então, bico fechado hein!
Mas, enfim, voltando ao assunto principal. Como disse, meu prato ficou muito menor e muito mais leve e, apesar de não ter escolhido a parte mais magra do frango, peguei só 4 coxinhas (da ASA!) que além de tudo são assadas e não fritas como o peito de frango alheio. Mas, como tudo que é bom dura pouco, no final da refeição, todo minha sensação de orgulho foi embora. Não, não comi sobremesa. Mas, enquanto ela comeu tudo o que tinha no prato dela, eu deixei pra trás meus ossos. Resultado: com os pratos vazios, parecia que eu tinha comido um monte de frango, o suficiente para deixar uma pilhinha de ossos e ela não! Eu sei que não devia comparar essas coisas, mas é inevitável. A gordura permeia até mesmo meu azar...
terça-feira, 26 de abril de 2011
Os micos da vida.
Algumas coisas acontecem e não há nada que possamos fazer sobre elas. Simplesmente acontecem. Eu chamo de coisas da vida, ou melhor, de micos da vida. Um exemplo do que falo é quando alguém da um tchauzinho na rua e você responde, sem perceber que o gesto era para outra pessoa. Outro é quando você está andando numa boa e, de repente, sem motivo aparente, cai de bunda no chão. Pois é, foi desse segundo mico da vida que me vitimou hoje.
A manhã estava fria, gostosa para andar e lá fui eu caminhando para o trabalho. Acontece que alguém instalou uma rampinhas nas esquinas da paulista, chamam de acessibilidade. Na verdade é uma coisa ótima e necessária, porém, eu me embananei quando parei em cima de uma. Foi ridículo. Tava andando rápido e dei uma brecada para esperar o farol abrir, mas não percebi que, enquanto um dos meus pés ficava sobre a guia, na altura normal, o outro pisou na lateral da rampinha, que é bem inclinada. Resultado: monte de banha no chão. Pelo menos deu pra descobrir que eu não quico, amorteço na queda!
Mas tenho que admitir, a vida passou em câmera lenta por alguns instantes. Pareceu que meu corpo ficou sentado no meio fio por meio século enquanto eu tentava decidir o que fazer: chorar, rir, reclamar de dor, reclamar da vida... Em suma, eu queria desaparecer! Mas isso é impossível, principalmente para alguém do meu tamanho. Não teve o que fazer, tive que levantar, encarar as pessoas que me olhavam com cara meio de espanto meio de quem pergunta “você tem um cromossomo a menos?” e seguir com a vida. O problema é que tava difícil seguir para qualquer lugar. Minhas nádegas doíam, e como doíam. Não desejo isso pra ninguém. Tá, para algumas pessoas talvez... Enfim, foi o maior martírio conseguir chegar ao trabalho e muito pior ainda passar a manhã toda com a parte dolorida apoiada na cadeira, recebendo todo o meu peso. Foi uma manhã tão difícil que comi uma ameixa extra na hora do lanche, pra me consolar...
A manhã estava fria, gostosa para andar e lá fui eu caminhando para o trabalho. Acontece que alguém instalou uma rampinhas nas esquinas da paulista, chamam de acessibilidade. Na verdade é uma coisa ótima e necessária, porém, eu me embananei quando parei em cima de uma. Foi ridículo. Tava andando rápido e dei uma brecada para esperar o farol abrir, mas não percebi que, enquanto um dos meus pés ficava sobre a guia, na altura normal, o outro pisou na lateral da rampinha, que é bem inclinada. Resultado: monte de banha no chão. Pelo menos deu pra descobrir que eu não quico, amorteço na queda!
Mas tenho que admitir, a vida passou em câmera lenta por alguns instantes. Pareceu que meu corpo ficou sentado no meio fio por meio século enquanto eu tentava decidir o que fazer: chorar, rir, reclamar de dor, reclamar da vida... Em suma, eu queria desaparecer! Mas isso é impossível, principalmente para alguém do meu tamanho. Não teve o que fazer, tive que levantar, encarar as pessoas que me olhavam com cara meio de espanto meio de quem pergunta “você tem um cromossomo a menos?” e seguir com a vida. O problema é que tava difícil seguir para qualquer lugar. Minhas nádegas doíam, e como doíam. Não desejo isso pra ninguém. Tá, para algumas pessoas talvez... Enfim, foi o maior martírio conseguir chegar ao trabalho e muito pior ainda passar a manhã toda com a parte dolorida apoiada na cadeira, recebendo todo o meu peso. Foi uma manhã tão difícil que comi uma ameixa extra na hora do lanche, pra me consolar...
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Coelho de páscoa.
Domingo, como todos sabem, foi páscoa. Dia de procurar ovo de chocolate, comer ovo de chocolate, lamentar ter comido ovo de chocolate... Enfim, dia do coelho. Porém, para a maioria das pessoas, o coelho é apenas simbólico, uma vez que na vida real eles não botam ovo e, muito menos ovos de chocolate. Acontece que a maioria das pessoas não tem um pai igual ao meu.
Fui almoçar na casa dos meus pais domingo e, como já comentei em algumas outras oportunidades, os hábitos alimentares deles são, digamos, peculiares. Sobre os chocolates, nem imaginei ter problemas quanto a isso já que meus progenitores, contrários a todas as datas comemorativas comerciais, não compram ovos de páscoa. Consegui alguns até uns sete oito anos, mas depois disso, tive que arranjar meus próprios. Meus próprios presentes de dia das crianças também... Mas, enfim, em minha inocência, achei que teria um almoço razoável, sem nada de muito diferente, ou seja, sem luta contra coisas que engordam muito. Porém, o fato de meus pais não comprarem ovos de chocolate não significa de maneira alguma que eles não comemoram a páscoa. Porque comemoram. E o convidado de honra era ninguém mais ninguém menos do que o coelho em pessoa. Ou melhor, o coelho em panela!
Não acreditei na hora e, pra falar a verdade, não acredito até agora. Mas não posso negar o que meus olhos viram, ou melhor, o que minhas narinas sentiram no momento em que o panelão de ferro foi posto à mesa. O pior é que o cheiro estava delicioso! Sem contar que coelho é uma carne magra. Então, tirando a idéia meio macabra de comê-lo no dia do ano reservado para ele e, tirando o bacon a manteiga e o creme que compunham seu molho e as batatas que acompanhavam, até que não era uma má idéia. Enfim, não tinha escolha: tava com fome e tava na hora de comer. Pelo menos deixei o molho de lado. E comi só meia batata.
Fui almoçar na casa dos meus pais domingo e, como já comentei em algumas outras oportunidades, os hábitos alimentares deles são, digamos, peculiares. Sobre os chocolates, nem imaginei ter problemas quanto a isso já que meus progenitores, contrários a todas as datas comemorativas comerciais, não compram ovos de páscoa. Consegui alguns até uns sete oito anos, mas depois disso, tive que arranjar meus próprios. Meus próprios presentes de dia das crianças também... Mas, enfim, em minha inocência, achei que teria um almoço razoável, sem nada de muito diferente, ou seja, sem luta contra coisas que engordam muito. Porém, o fato de meus pais não comprarem ovos de chocolate não significa de maneira alguma que eles não comemoram a páscoa. Porque comemoram. E o convidado de honra era ninguém mais ninguém menos do que o coelho em pessoa. Ou melhor, o coelho em panela!
Não acreditei na hora e, pra falar a verdade, não acredito até agora. Mas não posso negar o que meus olhos viram, ou melhor, o que minhas narinas sentiram no momento em que o panelão de ferro foi posto à mesa. O pior é que o cheiro estava delicioso! Sem contar que coelho é uma carne magra. Então, tirando a idéia meio macabra de comê-lo no dia do ano reservado para ele e, tirando o bacon a manteiga e o creme que compunham seu molho e as batatas que acompanhavam, até que não era uma má idéia. Enfim, não tinha escolha: tava com fome e tava na hora de comer. Pelo menos deixei o molho de lado. E comi só meia batata.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Ainda bem que eu bóio.
Ontem, no final do dia, eu fui nadar. Eu acabei tudo o que tinha que fazer lá no trabalho lá pelas 4 e, antes que alguém inventasse alguma coisa inútil para preencher meu tempo, ou que algum colega me transferisse alguma tarefa chata ao me ver não fazendo nada, resolvi cobrar algumas horas extras que tinha e me mandar para a piscina. Além disso, achei que um pouco de exercício me faria bem, afinal de contas meus planos alimentares para o dia não iam nada, nada bem (ver post de ontem.)
Assim que coloquei meu traje de natação e cheguei na borda da piscina, tomei o maior susto. Parecei que todo mundo tinha acabado tudo o que tinha pra fazer no trabalho e decido cobrar as horas extras. Ou seja, tava lotado. Pelo menos as crianças ainda estavam na escola, porque tentar nadar numa água cheia de crianças é mais difícil do que num rio cheio de piranhas. Ou num mar cheio de tubarões. Nada contra as crianças em si, mas eu prefiro evitar o horário delas. Enfim, entrei na água e ensaiei algumas braçadas até conseguir chegar do outro lado quase na borda. O que me impediu de alcançar a extremidade oposta da piscina foi uma trombada. Isso mesmo, trombei numa senhora e acho que ela quase se afogou com o susto que tomou decorrente do acidente. Depois disso, a cordialidade, o bom senso e o cansaço infernal mesmo depois de apenas cruzar os 25 metros 1 única vez me fizeram parar, apoiar meus braços na borda e ficar lá, como uma morsa, conversando um pouco com a senhora.
A senhora era a popularidade do pedaço em pessoa, me contou que conhecia todo mundo por ali e que a razão para a água estar tão cheia em pleno fim de tarde de terça feira era o feriado prolongado que se aproximava. As pessoas estavam tentando entrar em forma para mostrar o corpo na praia. Achei aquilo ridículo. Como você vai entrar em forma uma semana antes de um feriado? Digo, a não ser que já esteja em forma, você não vai conseguir! Em uma semana? Simplesmente não dá, não é assim que a coisa funciona... Mas, como achei que a senhora estava com o mesmo plano do resto das pessoas por ali, achei melhor não dizer nada e mantive meus pensamentos para mim enquanto ela falava de algum outro assunto. Nunca cheguei a saber qual era o novo assunto porque, no exato momento em que ele começou, um garçom passou na borda da piscina, levando uma porção de pastel e um chopp para alguém e eu perdi minha concentração.
Assim que coloquei meu traje de natação e cheguei na borda da piscina, tomei o maior susto. Parecei que todo mundo tinha acabado tudo o que tinha pra fazer no trabalho e decido cobrar as horas extras. Ou seja, tava lotado. Pelo menos as crianças ainda estavam na escola, porque tentar nadar numa água cheia de crianças é mais difícil do que num rio cheio de piranhas. Ou num mar cheio de tubarões. Nada contra as crianças em si, mas eu prefiro evitar o horário delas. Enfim, entrei na água e ensaiei algumas braçadas até conseguir chegar do outro lado quase na borda. O que me impediu de alcançar a extremidade oposta da piscina foi uma trombada. Isso mesmo, trombei numa senhora e acho que ela quase se afogou com o susto que tomou decorrente do acidente. Depois disso, a cordialidade, o bom senso e o cansaço infernal mesmo depois de apenas cruzar os 25 metros 1 única vez me fizeram parar, apoiar meus braços na borda e ficar lá, como uma morsa, conversando um pouco com a senhora.
A senhora era a popularidade do pedaço em pessoa, me contou que conhecia todo mundo por ali e que a razão para a água estar tão cheia em pleno fim de tarde de terça feira era o feriado prolongado que se aproximava. As pessoas estavam tentando entrar em forma para mostrar o corpo na praia. Achei aquilo ridículo. Como você vai entrar em forma uma semana antes de um feriado? Digo, a não ser que já esteja em forma, você não vai conseguir! Em uma semana? Simplesmente não dá, não é assim que a coisa funciona... Mas, como achei que a senhora estava com o mesmo plano do resto das pessoas por ali, achei melhor não dizer nada e mantive meus pensamentos para mim enquanto ela falava de algum outro assunto. Nunca cheguei a saber qual era o novo assunto porque, no exato momento em que ele começou, um garçom passou na borda da piscina, levando uma porção de pastel e um chopp para alguém e eu perdi minha concentração.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Um dia de lagarta.
Hoje acordei com uma grande ideia! Decidi passar o dia todo a base de folhas e frutas. E nada mais! O plano é um dia vegetariano, com alimentação bem leve, pra ver se entro nos eixos dietéticos novamente. E assim foi: comecei o dia com uma bela xícara de café e uma fatia de melão. Daí, me toquei que café não fazia parte da minha lista original de alimentos permitidos... Mas tudo bem, vou passar o dia a base de folhas, frutas e café. E nada mais! O problema é que melão é praticamente água. Deve ser por isso que a fatia que eu comi virou líquido e escorreu para fora do meu estômago, sem saciar minha fome.
Foi uma tortura até a hora do lanche. Minha cabeça começou a doer e senti que meus olhos queriam pular de suas órbitas. Não sei como isso tem a ver com a dieta, mas tem a ver. Só pode ter a ver. Porque, quando fico com fome, se minha barrida não se vinga e se contorce, alguma outra parte do meu corpo dói, se vingando em seu lugar. Mas não nos detenhamos nesses assuntos de revanchismo. O importante é que a hora do lanche chegou e eu comi um pequeno sanduíche em que folhas de alface faziam o lugar do pão e rodelas de pepinos faziam o papel do recheio. Sabe, o problema do pepino é que ele é um péssimo ator e sua interpretação do recheio deixou muito a desejar, não chegou nem perto de tampar o buraco. Mas o maior problema do pepino é que ele não é folha! Nem fruta! É um legume! E legumes não faziam parte da minha listinha... mas sem entrar em pânico. Basta acrescentar mais um item. Então, minha alimentação para hoje está assim: folhas, frutas, café e legumes. E nada mais!
Até poderiam pensar que é difícil almoçar sob essas restrições, mas eu tinha um plano perfeito: ir a um restaurante vegetariano. E lá fui eu, enchendo meu prato de salada. Pra variar, tinha um problema nisso. As saladas já vinham temperadas. Só de olhar praquilo já soube que teria que mudar minha lista de alimentos mais uma vez. Tudo bem, folhas, frutas, café, legumes, azeite, vinagre e mostarda. E nada mais! Quer dizer, nada mais foi o que pensei, mas logo na primeira mordida percebi que tinha uma coisa errada. Salada não faz croc e minha boca definitivamente estava mastigando alguma coisa crocante. Quer dizer, salada até que faz um croc a seu estilo, mas não era o que eu estava ouvindo. E, depois de uma análise minuciosa, descobri o que estava acontecendo. Tinha semente de linhaça no tempero. E, tenho que admitir, um pouco de queijo parmesão. Mas só isso... só isso... bem, vai lá, tinha um negócio diferente... mas, bem, ovos de codorna são quase salada né? E também, eram só 3. Enfim, o que passou, passou e minha listinha ficou folhas, frutas, café, legumes, azeite, vinagre, mostarda, sementes, queijos e ovos. E nada mais! É, tava ficando grande, não podia errar na sobremesa. Mas também, não tinha como errar: pedi uma salada de frutas! O problema é que tem gente que não tem nada na cabeça e inventa de servir a salada de frutas junto com sorvete! Que absurdo! Sorvete! Mas o dia tava tão quente... então, folhas, frutas, café, legumes, azeite, vinagre, mostarda, sementes, queijos, ovos e sorvete. E nada mais! Se bem que, a essa hora, venha o que vier. To pensando até num torresminho pro lanche da tarde...
Foi uma tortura até a hora do lanche. Minha cabeça começou a doer e senti que meus olhos queriam pular de suas órbitas. Não sei como isso tem a ver com a dieta, mas tem a ver. Só pode ter a ver. Porque, quando fico com fome, se minha barrida não se vinga e se contorce, alguma outra parte do meu corpo dói, se vingando em seu lugar. Mas não nos detenhamos nesses assuntos de revanchismo. O importante é que a hora do lanche chegou e eu comi um pequeno sanduíche em que folhas de alface faziam o lugar do pão e rodelas de pepinos faziam o papel do recheio. Sabe, o problema do pepino é que ele é um péssimo ator e sua interpretação do recheio deixou muito a desejar, não chegou nem perto de tampar o buraco. Mas o maior problema do pepino é que ele não é folha! Nem fruta! É um legume! E legumes não faziam parte da minha listinha... mas sem entrar em pânico. Basta acrescentar mais um item. Então, minha alimentação para hoje está assim: folhas, frutas, café e legumes. E nada mais!
Até poderiam pensar que é difícil almoçar sob essas restrições, mas eu tinha um plano perfeito: ir a um restaurante vegetariano. E lá fui eu, enchendo meu prato de salada. Pra variar, tinha um problema nisso. As saladas já vinham temperadas. Só de olhar praquilo já soube que teria que mudar minha lista de alimentos mais uma vez. Tudo bem, folhas, frutas, café, legumes, azeite, vinagre e mostarda. E nada mais! Quer dizer, nada mais foi o que pensei, mas logo na primeira mordida percebi que tinha uma coisa errada. Salada não faz croc e minha boca definitivamente estava mastigando alguma coisa crocante. Quer dizer, salada até que faz um croc a seu estilo, mas não era o que eu estava ouvindo. E, depois de uma análise minuciosa, descobri o que estava acontecendo. Tinha semente de linhaça no tempero. E, tenho que admitir, um pouco de queijo parmesão. Mas só isso... só isso... bem, vai lá, tinha um negócio diferente... mas, bem, ovos de codorna são quase salada né? E também, eram só 3. Enfim, o que passou, passou e minha listinha ficou folhas, frutas, café, legumes, azeite, vinagre, mostarda, sementes, queijos e ovos. E nada mais! É, tava ficando grande, não podia errar na sobremesa. Mas também, não tinha como errar: pedi uma salada de frutas! O problema é que tem gente que não tem nada na cabeça e inventa de servir a salada de frutas junto com sorvete! Que absurdo! Sorvete! Mas o dia tava tão quente... então, folhas, frutas, café, legumes, azeite, vinagre, mostarda, sementes, queijos, ovos e sorvete. E nada mais! Se bem que, a essa hora, venha o que vier. To pensando até num torresminho pro lanche da tarde...
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Minha amiga laranja.
Hoje eu proponho um experimento científico. Não sei se as pessoas concordarão comigo ou não, mas eu acho que comer uma cenoura é umas das coisas mais chatas que existem. Tá certo que é um vegetal gostosinho e segura a onda na hora do lanche, mas demora muito pra comer e são necessárias muitas mastigadas pra engolir cada mordida. Então a experiência de hoje é: comecei a comer minha cenoura ao mesmo tempo em que comecei a escrever e quero ver o que termina primeiro: minha amiga laranja ou o post.
Logo de cara, já descobri uma coisa. É bem mais difícil escrever com apenas uma mão e meia disponível. Mas mesmo assim, já cheguei até aqui apenas com uma mordida. E acaba de me ocorrer uma coisa, estou fazendo uma espécie de especial de páscoa, falando sobre cenouras, algo que é altamente relacionado a coelhos. Eu tive um coelho, ou uma coelha, não saberia dizer, durante um breve período da minha infância. Ele(a) era branco(a) e, pelo que percebi algum tempo depois, frágil, porque morreu em pouco menos de um mês. Nunca mais elevei roedores aos título de amigo depois disso.
É, a cenoura nem passou do primeiro terço ainda... deixa ver o que vou contar enquanto isso... Bem, meu final de semana foi bom, consegui controlar a alimentação de forma razoável, o que é uma coisa boa. Se bem que, talvez, comer menos não tenha sido obra do meu auto controle e sim da minha falta de bom senso. É que sábado de manhã, com pressa para sair de casa e ir renovar minha carteira de motorista (que venceu e eu acabei nem indo... principalmente porque não tenho certeza que o poupa tempo funciona sábado de manhã) acabei dando um golão no café recém feito e, conseqüentemente, pelando e queimei minha boca toda. Daí, doía pra comer e, como conseqüência, comi menos. E... Droga. Agora nunca vamos saber quem é mais rápido, a boca ou a mão. Acabei de derrubar a metade que ainda me restava da cenoura no chão! Pelo menos aprendi que digitar e comer ao mesmo tempo não é uma boa idéia...
Logo de cara, já descobri uma coisa. É bem mais difícil escrever com apenas uma mão e meia disponível. Mas mesmo assim, já cheguei até aqui apenas com uma mordida. E acaba de me ocorrer uma coisa, estou fazendo uma espécie de especial de páscoa, falando sobre cenouras, algo que é altamente relacionado a coelhos. Eu tive um coelho, ou uma coelha, não saberia dizer, durante um breve período da minha infância. Ele(a) era branco(a) e, pelo que percebi algum tempo depois, frágil, porque morreu em pouco menos de um mês. Nunca mais elevei roedores aos título de amigo depois disso.
É, a cenoura nem passou do primeiro terço ainda... deixa ver o que vou contar enquanto isso... Bem, meu final de semana foi bom, consegui controlar a alimentação de forma razoável, o que é uma coisa boa. Se bem que, talvez, comer menos não tenha sido obra do meu auto controle e sim da minha falta de bom senso. É que sábado de manhã, com pressa para sair de casa e ir renovar minha carteira de motorista (que venceu e eu acabei nem indo... principalmente porque não tenho certeza que o poupa tempo funciona sábado de manhã) acabei dando um golão no café recém feito e, conseqüentemente, pelando e queimei minha boca toda. Daí, doía pra comer e, como conseqüência, comi menos. E... Droga. Agora nunca vamos saber quem é mais rápido, a boca ou a mão. Acabei de derrubar a metade que ainda me restava da cenoura no chão! Pelo menos aprendi que digitar e comer ao mesmo tempo não é uma boa idéia...
domingo, 17 de abril de 2011
Puta sacanagem.
Venho aqui, por meio deste, externar minha profunda indignação sobre os impactos que o desenvolvimento do sistema capitalista e toda essa visão neoliberal causam sobre a vida das pessoas normais e decentes. Não, não vou fazer um discurso político nem ideológico. Apenas vou reclamar sobre o nível de degradação e intolerância que nossa sociedade de consumo atingiu.
Sim, estou falando sobre os ovos de páscoa. Permita-me colocar a coisa de maneira mais clara. Quando falo em degradação, estou reclamando do local que essas bolas de chocolate são dispostas no supermercado. Por que diabos alguém achou que seria uma boa ideia fazer um teto rebaixado com elas? Digo, todo mundo sabe que é páscoa, e quem quiser um ovo de chocolate pode muito bem ir a uma prateleira e pegar, como faz com qualquer outro produto. Eles não precisam ficar lá, tirando toda a iluminação das coisas. Fica praticamente impossível descobrir quantas calorias tem o que eu vou comer quando as letrinhas já pequenas das informações nutricionais ficam ofuscadas pela penumbra causada por aquelas embalagens coloridas suspensas. Sem contar que a quantidade de tampinhas que não alcançam os ovos e ficam emperrando o meio do corredor esticando, inutilmente, os braços pra cima é enorme.
Por outro lado, quando falo em intolerância, também estou reclamando do local onde essas bolas de chocolate são dispostas no supermercado. Poxa vida, será que nunca ocorreu pra nenhum gerente que existem pessoas que fazem dieta? Ou seja, pessoas que não podem ficar comendo chocolate mas, justamente pelo fato de não poderem, não pensam em outra coisa que não seja “nossa, como eu queria comer chocolate”? Puta sacanagem! E, afinal de contas, a tradição não é esconder os ovos? Pois é, vou lançar a campanha, escondam os ovos do supermercado! Coloquem no estoque, ou junto com os outros chocolates ou naquela estante trancada a chave cheia de garrafas de bebidas... qualquer outro lugar. Apenas tirem eles do meio do caminho!
Sim, estou falando sobre os ovos de páscoa. Permita-me colocar a coisa de maneira mais clara. Quando falo em degradação, estou reclamando do local que essas bolas de chocolate são dispostas no supermercado. Por que diabos alguém achou que seria uma boa ideia fazer um teto rebaixado com elas? Digo, todo mundo sabe que é páscoa, e quem quiser um ovo de chocolate pode muito bem ir a uma prateleira e pegar, como faz com qualquer outro produto. Eles não precisam ficar lá, tirando toda a iluminação das coisas. Fica praticamente impossível descobrir quantas calorias tem o que eu vou comer quando as letrinhas já pequenas das informações nutricionais ficam ofuscadas pela penumbra causada por aquelas embalagens coloridas suspensas. Sem contar que a quantidade de tampinhas que não alcançam os ovos e ficam emperrando o meio do corredor esticando, inutilmente, os braços pra cima é enorme.
Por outro lado, quando falo em intolerância, também estou reclamando do local onde essas bolas de chocolate são dispostas no supermercado. Poxa vida, será que nunca ocorreu pra nenhum gerente que existem pessoas que fazem dieta? Ou seja, pessoas que não podem ficar comendo chocolate mas, justamente pelo fato de não poderem, não pensam em outra coisa que não seja “nossa, como eu queria comer chocolate”? Puta sacanagem! E, afinal de contas, a tradição não é esconder os ovos? Pois é, vou lançar a campanha, escondam os ovos do supermercado! Coloquem no estoque, ou junto com os outros chocolates ou naquela estante trancada a chave cheia de garrafas de bebidas... qualquer outro lugar. Apenas tirem eles do meio do caminho!
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Sobre chicletes...
O que fazer quando a fome aperta? Essa é uma boa questão e acho que se alguém conseguisse uma resposta satisfatória para ela diferente de encher a pança, encheria o bolso de dinheiro. E, com certeza, conseguiria perder todo o peso que quisesse. Pois é, eu elaborei uma resposta para essa pergunta. Infelizmente, ela não é satisfatória. Foi uma coisa espontânea, daquelas inexplicáveis que acontecem de um minuto para o outro, ontem à noite, enquanto aguardava a hora do jantar com a bunda grudada no sofá. Grudar o traseiro numa almofada (o que é beeeem diferente de grudar uma almofada no traseiro) é um começo de resposta para segurar a fome. É claro que parto do princípio que você não estará em companhia de um balde de pipocas ou um pote de amendoins e que permanecerá no sofá sem levantar para dar uma passeada na cozinha e aproveitar para beliscar alguma coisa.
Mas apenas sentar não é suficiente. Sou prova disso. Nem toda a força psiquicomental positiva foi suficiente para mandar embora minha fome por petiscos. Sim, coisa de cachorro. Então, resolvi começar a mastigar. Talvez devesse começar a abanar o rabo e a babar, mas escolhi mexer as mandíbulas. Li uma vez, em algum lugar, que quando o corpo percebe que você está mastigando, ele libera alguma coisa (um hormônio, talvez? Ou alguma toxina?? Ou extrato de gordura magra?) que engana a fome. O problema é que, além de meio deprimente, é muito chato não mastigar nada. Digo, ar, nem com sal e manteiga não fica gostoso. Realmente, alguns segundos depois, enchi o saco de abocanhar o nada e, quando percebi, estava mastigando minha língua! Vou dizer a verdade: minha língua não é das melhores não. Mas era melhor que o nada. Mas é meio estranho tentar se auto ingerir, mesmo que de brincadeirinha porque você tem que ficar fazendo um movimento meio estranho com a boca e, aposto 10 pratas que se alguém te ver fazendo, vai achar que tem um cromossomo a menos.
Moral da história: minha fome não passou (apesar deu não ter comido petiscos fora de hora!), acordei com a minha língua super dolorida e eu sou uma besta!!
Mas apenas sentar não é suficiente. Sou prova disso. Nem toda a força psiquicomental positiva foi suficiente para mandar embora minha fome por petiscos. Sim, coisa de cachorro. Então, resolvi começar a mastigar. Talvez devesse começar a abanar o rabo e a babar, mas escolhi mexer as mandíbulas. Li uma vez, em algum lugar, que quando o corpo percebe que você está mastigando, ele libera alguma coisa (um hormônio, talvez? Ou alguma toxina?? Ou extrato de gordura magra?) que engana a fome. O problema é que, além de meio deprimente, é muito chato não mastigar nada. Digo, ar, nem com sal e manteiga não fica gostoso. Realmente, alguns segundos depois, enchi o saco de abocanhar o nada e, quando percebi, estava mastigando minha língua! Vou dizer a verdade: minha língua não é das melhores não. Mas era melhor que o nada. Mas é meio estranho tentar se auto ingerir, mesmo que de brincadeirinha porque você tem que ficar fazendo um movimento meio estranho com a boca e, aposto 10 pratas que se alguém te ver fazendo, vai achar que tem um cromossomo a menos.
Moral da história: minha fome não passou (apesar deu não ter comido petiscos fora de hora!), acordei com a minha língua super dolorida e eu sou uma besta!!
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Estou de TPM.
Quando eu era apenas uma criança, uma criança gordinha, por sinal, ficava assistindo aos desenhos animados e sempre passava horas viajando tentando imaginar formas de fazer armadilhas. Sabe: tipo quando o Coyote coloca uma pedra gigantesca em cima do canyon e um pratinho de alpiste em baixo para atrair o Papa-léguas? Ou quando o Tom pegava uma cordinha, amarrava uma ponta num pedaço de queijo e a outra ponta num ventilador que iria empurrar uma bola de boliche numa tábua, que iria soltar uma bigorna numa mola que, por sua vez, derrubaria um piano em cima do pobre do ratinho? Então, achava o máximo isso e sempre quis fazer uma coisa desses. Obviamente, por motivos de realidade e leis da física (e uma certa falta de recursos) nunca consegui fazer.
Porém, dada a dificuldade de voltar à dieta nesses últimos tempos, acabei tirando a idéia do baú e comecei a implementar alguns truques. Sim, eu estou de TPM. Tortura para Perder Medidas. Ainda vai ter mais, mas até agora já implementei um mecanismo. Guardo o pão dentro de uma cesta que, por sua vez, fica em cima de uma mesa, no canto da cozinha. Nesses últimos dias tenho tido muito trabalho no escritório e quando chego em casa enfrento um cansaço acompanhado de preguiça de cozinhar e de uma fome brutal. O resultado é que fico o tempo todo indo lá na cesta de pães e pegando uma fatia. Por isso, coloquei um dispositivo de topadas instantâneas.
Funciona assim: coloquei uma dessas caixas de madeira nas quais os feirantes transportam verduras em baixo da mesa. Tive que quebrar um pouco a cabeça com a geometria do negócio mas deu certo: ela ficou escondida lá em baixo e o pão ficou a uma distância grande o suficiente para que eu tenha que enfiar meu pé em baixo da mesa para conseguir alcançar. Aproveitando minha falta de memória e o fato de não usar sapatos em casa, toda vez que vou pegar pão, dou uma topada! Já aconteceu 2 vezes até agora, mas apenas em uma doeu o suficiente para que desistisse do pão. Na verdade mesmo, eu precisava era de uma armadilha de urso. Ia ser o máximo. E com certeza eu ia perder peso: uma perna por vez! Vamos ver se assim eu entro na linha, porque do jeito que tá, vou ter que arranjar uma daquelas tintas de pintar buraco, entrar dentro dele e apagar.
Porém, dada a dificuldade de voltar à dieta nesses últimos tempos, acabei tirando a idéia do baú e comecei a implementar alguns truques. Sim, eu estou de TPM. Tortura para Perder Medidas. Ainda vai ter mais, mas até agora já implementei um mecanismo. Guardo o pão dentro de uma cesta que, por sua vez, fica em cima de uma mesa, no canto da cozinha. Nesses últimos dias tenho tido muito trabalho no escritório e quando chego em casa enfrento um cansaço acompanhado de preguiça de cozinhar e de uma fome brutal. O resultado é que fico o tempo todo indo lá na cesta de pães e pegando uma fatia. Por isso, coloquei um dispositivo de topadas instantâneas.
Funciona assim: coloquei uma dessas caixas de madeira nas quais os feirantes transportam verduras em baixo da mesa. Tive que quebrar um pouco a cabeça com a geometria do negócio mas deu certo: ela ficou escondida lá em baixo e o pão ficou a uma distância grande o suficiente para que eu tenha que enfiar meu pé em baixo da mesa para conseguir alcançar. Aproveitando minha falta de memória e o fato de não usar sapatos em casa, toda vez que vou pegar pão, dou uma topada! Já aconteceu 2 vezes até agora, mas apenas em uma doeu o suficiente para que desistisse do pão. Na verdade mesmo, eu precisava era de uma armadilha de urso. Ia ser o máximo. E com certeza eu ia perder peso: uma perna por vez! Vamos ver se assim eu entro na linha, porque do jeito que tá, vou ter que arranjar uma daquelas tintas de pintar buraco, entrar dentro dele e apagar.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
A coisa tá complicada.
A coisa tá complicada. Hoje, passei o começo da manhã com vontade de comer batatas fritas. Terrível não? Mas calma, fica pior. Não é qualquer tipo de batata frita. É batata frita de pacote. Ah, como eu gostaria de poder dizer que o problema acaba por aqui. Mas não posso. Sabe o que é? Não é qualquer tipo de batata frita de pacote é um tipo específico: aquela que vende no pipoqueiro, que fica num saco do tamanho de um saco de lixo, preso no alto do carrinho de pipoca e que brilha (o saco, não a batata) devido a toda a gordura que lambuzou seu interior. A coisa tá complicada. Quando deu nove horas, hora do lanchinho, me dei conta de que não tinha nada comestível. E eu sei bem o resultado de ficar sem comer: comer muito mais na hora do almoço. Então, resolvi dar uma escapadinha do trabalho, sob a desculpa de que minha cabeça estava doendo muito e eu precisava comprar um remédio e, depois de inventar todas as alergias possíveis a todas as pílulas que o pessoal do escritório me ofereceu (nunca imaginei que a pessoas tivessem um estoque tão grande de remédio nas gavetas... vocês têm?) dei um pulo na lojinha aqui perto.
Ainda não tinha acabado de atravessar a rua quando percebi o seguinte: a coisa tá complicada. Meu plano era comprar uma barra de cereais. Ainda não gosto delas, mas tenho que admitir que é prático e quebra um galho. Porém, a lojinha não vende apenas barras de cereais. Eles vendem balas, chocolates, biscoitos, amendoins e... BATATA FRITA! Entrei lá e foi a primeira coisa que eu vi: um cartaz dizendo que as @#!%$& batatas fritas estavam em promoção e que seu eu comprasse 2 pacotes ganharia o terceiro. Ta certo que não era a batata do pacote com o qual eu sonhara, mas mesmo assim, ver essa promoção... na hora me bateu um desespero, que foi lentamente substituído por um impulso, que se transformou na compra de 3 pacotes de batata frita e nenhuma barra de cereal e acabou com um acesso de raiva. Por que é que eu tinha que inventar de fazer aquilo? Loucura, só pode ser. Moral da história, tô olhando pros pacotes aqui. Consegui não comer, mas ainda não sei o que vou fazer com eles. Sem contar que perdi um tempão inventando uma desculpa pra justificar pro pessoal porque o meu remédio para dor de cabeça era tão incomum e frito. Putz. A coisa tá complicada.
Ainda não tinha acabado de atravessar a rua quando percebi o seguinte: a coisa tá complicada. Meu plano era comprar uma barra de cereais. Ainda não gosto delas, mas tenho que admitir que é prático e quebra um galho. Porém, a lojinha não vende apenas barras de cereais. Eles vendem balas, chocolates, biscoitos, amendoins e... BATATA FRITA! Entrei lá e foi a primeira coisa que eu vi: um cartaz dizendo que as @#!%$& batatas fritas estavam em promoção e que seu eu comprasse 2 pacotes ganharia o terceiro. Ta certo que não era a batata do pacote com o qual eu sonhara, mas mesmo assim, ver essa promoção... na hora me bateu um desespero, que foi lentamente substituído por um impulso, que se transformou na compra de 3 pacotes de batata frita e nenhuma barra de cereal e acabou com um acesso de raiva. Por que é que eu tinha que inventar de fazer aquilo? Loucura, só pode ser. Moral da história, tô olhando pros pacotes aqui. Consegui não comer, mas ainda não sei o que vou fazer com eles. Sem contar que perdi um tempão inventando uma desculpa pra justificar pro pessoal porque o meu remédio para dor de cabeça era tão incomum e frito. Putz. A coisa tá complicada.
terça-feira, 12 de abril de 2011
O milagre da multiplicação de pães.
Vocês já ouviram falar da história da multiplicação dos pães? E a expressão chutei o balde? Pois é, talvez as pessoas não saibam o que essas duas coisas têm em comum mas eu, infelizmente, sei. A real é a seguinte: chutei o balde da minha dieta pós carnaval. Ela simplesmente não existiu. Ta bom, estou mentindo. Ela existiu, mas sob um novo formato: apelidei de dieta do peso na consciência. E sabe que essa dieta funciona??? É tiro e queda, depois de comer aquele sanduíche que devia ser de pão integral, com aquela fatia de queijo que devia ser branco e com aquelas duas fatias de peito de peru feito de perna de porco... vem o peso na consciência: putz, você não devia ter comido isso, está de dieta. Lembra??
O problema da multiplicação dos pães, por outro lado, é derivada do chute do balde. Ou talvez seja o contrário. É... sem dúvidas é um caso de ovo ou galinha. Mas o que importa é que eu comi o ovo. E a galinha. Voltando ao ponto, tem acontecido essa coisa estranha comigo: toda vez que chega a hora do lanche e pego uma fatia de pão, alguma força superior interfere e transforma essa fatia em duas. Ou três, dependendo do dia. Se bem que, pensando bem, pode ser que a divindade superior não multiplique coisa nenhuma, apenas apague da minha memória que eu peguei as outras fatias. Droga, ta difícil de voltar... Força de vontade não tem divindade nenhuma distribuindo hehe. Pelo menos, não nessa época do ano.
O problema da multiplicação dos pães, por outro lado, é derivada do chute do balde. Ou talvez seja o contrário. É... sem dúvidas é um caso de ovo ou galinha. Mas o que importa é que eu comi o ovo. E a galinha. Voltando ao ponto, tem acontecido essa coisa estranha comigo: toda vez que chega a hora do lanche e pego uma fatia de pão, alguma força superior interfere e transforma essa fatia em duas. Ou três, dependendo do dia. Se bem que, pensando bem, pode ser que a divindade superior não multiplique coisa nenhuma, apenas apague da minha memória que eu peguei as outras fatias. Droga, ta difícil de voltar... Força de vontade não tem divindade nenhuma distribuindo hehe. Pelo menos, não nessa época do ano.
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