quarta-feira, 13 de abril de 2011

A coisa tá complicada.

A coisa tá complicada. Hoje, passei o começo da manhã com vontade de comer batatas fritas. Terrível não? Mas calma, fica pior. Não é qualquer tipo de batata frita. É batata frita de pacote. Ah, como eu gostaria de poder dizer que o problema acaba por aqui. Mas não posso. Sabe o que é? Não é qualquer tipo de batata frita de pacote é um tipo específico: aquela que vende no pipoqueiro, que fica num saco do tamanho de um saco de lixo, preso no alto do carrinho de pipoca e que brilha (o saco, não a batata) devido a toda a gordura que lambuzou seu interior. A coisa tá complicada. Quando deu nove horas, hora do lanchinho, me dei conta de que não tinha nada comestível. E eu sei bem o resultado de ficar sem comer: comer muito mais na hora do almoço. Então, resolvi dar uma escapadinha do trabalho, sob a desculpa de que minha cabeça estava doendo muito e eu precisava comprar um remédio e, depois de inventar todas as alergias possíveis a todas as pílulas que o pessoal do escritório me ofereceu (nunca imaginei que a pessoas tivessem um estoque tão grande de remédio nas gavetas... vocês têm?) dei um pulo na lojinha aqui perto.

Ainda não tinha acabado de atravessar a rua quando percebi o seguinte: a coisa tá complicada. Meu plano era comprar uma barra de cereais. Ainda não gosto delas, mas tenho que admitir que é prático e quebra um galho. Porém, a lojinha não vende apenas barras de cereais. Eles vendem balas, chocolates, biscoitos, amendoins e... BATATA FRITA! Entrei lá e foi a primeira coisa que eu vi: um cartaz dizendo que as @#!%$& batatas fritas estavam em promoção e que seu eu comprasse 2 pacotes ganharia o terceiro. Ta certo que não era a batata do pacote com o qual eu sonhara, mas mesmo assim, ver essa promoção... na hora me bateu um desespero, que foi lentamente substituído por um impulso, que se transformou na compra de 3 pacotes de batata frita e nenhuma barra de cereal e acabou com um acesso de raiva. Por que é que eu tinha que inventar de fazer aquilo? Loucura, só pode ser. Moral da história, tô olhando pros pacotes aqui. Consegui não comer, mas ainda não sei o que vou fazer com eles. Sem contar que perdi um tempão inventando uma desculpa pra justificar pro pessoal porque o meu remédio para dor de cabeça era tão incomum e frito. Putz. A coisa tá complicada.

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