quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Fritei.

Por favor não me entendam mal, mas depois de constatar minha total inabilidade no manejo de varas já tinha praticamente desistido de comer peixes ou outros seres do oceano. Teria que me contentar apenas com a água salgada, que engolia aos montes nas minhas tentativas de nadar um pouco. Mas daí, sabe como é né, a casa em que me hospedara não era minha, era de uma amiga, e chegou o final de semana e os pais dela vieram me tirar da solidão. Um casal extremamente simpático e, ao conversar com a mãe, descobri não apenas onde eu poderia comprar peixes frescos apenas alguns quilômetros dali, como fiquei sabendo que ela já tinha passado nessa tal barraca na vinda para a praia e já havia comprado alguns camarões e algumas lulas. E melhor que isso, ela ia preparar o almoço e o convite era extensível a mim!

Foi uma das melhores manhãs de sábado que tive nos últimos tempos. Nem fui pra praia, fiquei apenas na piscina, conversando com o pai, que é um psiquiatra renomado e me ensinou várias coisas. E, talvez, tenha me feito perceber que tenho uma certa inclinação para a loucura. Mas isso é outra história. Enfim, a hora do almoço chegou e ele foi servido numa mesa no jardim. Fantástico, tudo estava bonito, tudo estava agradável, tudo cheirava muito bem e... TUDO ERA FRITO!!!!!! Acho que parei por alguns instantes, em estado de choque, na frente da mesa. Não que eu gostasse menos do casal cuja a casa eu usufruía, porque a concepção deles de almoço era muito boa, mas era simplesmente absurdo eu passar uma refeição a base de frituras.

Mas o problema não parou lá, o buraco era mais embaixo. Tive plena consciência disso quando vi o pai chegando com acessórios e equipamentos para preparar caipirinhas. O plano deles não era bem um almoço, mas sim tomar uns drinques com petiscos. Coisa deliciosa, é claro, mas há muito tempo fora de minha realidade. Não tive coragem nem encontrei nenhuma desculpa para não aceitar a bebida que me foi oferecida, mas meus dedos não tinham firmeza para segurar o copo. Percebi que minha leve tremedeira fazia com que as pedras de gelo se chocassem freneticamente contra o copo e emitissem um som irritante. Dei um gole. Pelo menos me acalmei um pouco. O próximo passo foi segurar o copo, esperar o gelo derreter e ganhar tempo para comer. Falei, nossa, como falei, mas mantive minha boca ocupada. Comi uma lula. Tava ótima mas sentia todo aquele óleo destruindo minha dieta. Comi um camarão. Sugeriram que eu passasse uma rodela de lula no molho a base de maionese e não tive como evitar. Continuei falando. Finalmente o tempo passou, com mais alguns frutos do mar ingeridos e o almoço se encerrou.

Tomei uma decisão. Ia passar os próximos dias pescando, porque daí ia ficar sem comer nada. E ia me livrar das calorias extras.

6 comentários:

  1. Queria ter fritado em teu lugar. Caipirinha, camarão, papo bom e piscina são devidamente merecidos. bjs

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  2. Olá,

    Parabéns pelo seu blog e por sua iniciativa de emagrecer. Apoiamos atitudes como essa!

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  3. Tentação dificel de resisitir!!
    bjos

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  4. Boa ideia aprender uma atividade nova para fugir das mesas e da geladeira!!

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  5. Mas será que o estrago foi tanto assim? De vez em quando pode uma friturinha, rs.
    Bjs

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  6. Querida Alma Magra em Cristo
    Gritei horrores em Cristo! Tudo errado. Eu exorcizaria esse casal que estava te oferecendo coisas do Diabo Obeso.
    Sorte deles não terem me encontrado.
    Santo Ósculo em seu coração

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