quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Os pilares de um relacionamento.

Um pouco antes do natal recebi uma ligação que resultou em um convite para jantar. Segunda feira foi minha vez de ligar para o tal número e marcar uma segunda dose. A proposta foi muito bem recebida e o ponto de encontro seria no mesmo apartamento da última vez. Infelizmente, as coisas boas costumam ter um preço e, nesse caso, a conta viria em calorias. Talvez não seja de fato um problema fugir da dieta uma noite ou algumas noites, se tudo der certo, mas estou indo tão bem em minha proposta e não quero escapulir. Já ganhei minha escapulida durante o natal e foi ótimo, mas tenho um certo receio de que a coisa fuja do controle e que as noites de dieta é que acabem virando a exceção.

Não tinha me planejado para isso mas esse maldito regime começou a me assombrar durante a ligação e, meio sem pensar, disse que eu é quem levaria o jantar dessa vez. Olhando para o passado, foi uma oferta até que bem simpática e generosa. Nada mais justo do que dividir o trabalho na cozinha. Além disso, acabei criando uma oportunidade para conseguir manter a dieta! Perfeito, conseguira resolver o problema. Ou, pelo menos, parte dele. Sabe, você não pode oferecer um jantar e aparecer com uns peitos de frango e salada de alface. Pelo menos, eu não acho que seria razoável fazer uma coisa dessas. É claro que sempre poderia contar que estou de dieta, mas continuo achando que esse fato não deve ser mencionado. Até que é bom ter um segredo, não entregar quem você é completamente, logo de cara. É isso ai, um dos pilares para o nascimento de um relacionamento saudável é a omissão de informações. Como se eu tivesse sido a primeira pessoa a concluir isso... Pronto, tenho dois pilares, dieta e omissão de informações, agora falta o terceiro. Talvez algumas pessoas julguem esse como mentira, mas eu prefiro pensar em desculpa. Sim, preciso de algumas desculpas para poder evitar a bebida. Pode ser algo extravagante como alcoólatra em recuperação ou simples como estou tomando um remédio. Mas remédio pra quê? Um psicotrópico certamente justifica não poder beber, porém apresenta grandes chances de quebrar o clima. Também não pode ser nada contagioso nem nada extremamente desagradável como furúnculos ou incontinências de qualquer natureza...

Me baseando nos três pilares acima, ontem, consegui manter, e muito bem, minha dieta. O prato foi salada, mas não qualquer salada. Misturei várias folhas com pedaços de peixes defumados, queijos magros, lulas e camarões, todos muito bem temperados mas sem uma gota de óleo no preparo. Para o molho, reduzi um pouco de vinagre balsâmico e misturei com ervas, temperos e um pouco de mostarda preta. Consegui certa cremosidade, mas não era suficiente. Então, apelei para a gelatina. Bem pouco, mesmo, apenas para que o molho ficasse com consistência de alguma coisa cheia de azeite. Funcionou. Ficou bem melhor do que imaginava e ainda me rendeu uma série de elogios. Por fim, para fugir da bebida, disse que hoje era dia de doar sangue. Sempre quis fazer isso mesmo. E adivinhem só, ganhei companhia!

6 comentários:

  1. Hehehe..nada como uma booaa salada não resolva rsr..
    Bjoss

    ResponderExcluir
  2. Nossa, cara! Que sacada essa coisa de gelatina aí!

    Acho que merece uma postagem pra você ensinar as meninas da blogsfera como faz pra deixar os molhinhos menos chatos =P

    Parabéns!

    Agora, isso de "doar sangue juntinho" é meio perigoso pra quem não está pensando em relacionamento de verdade...... seilá.

    ResponderExcluir
  3. Ótima saída! Pelo que você contou sobre a salada, deve ter ficado no estilo daquelas de restaurantes especializados em salada!

    ResponderExcluir
  4. Nessas horas, percebemos que criatividade é tudo. Beijo no coração!

    ResponderExcluir
  5. Ameeeeeeeeeeeeeei seu blog!
    Amei tudo aqui!
    Estou te seguindo!
    Beijos

    ResponderExcluir