segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Do fundo do oceano.

Como disse, passei esses últimos dias na praia. Talvez a gordura ainda esteja penetrada em minha essência, porque a primeira coisa que fiz quando cheguei foi descobrir o lugar onde podia comprar comida e estabelecer amizade com o dono do lugarzinho sujo e quente que ele chamava de mercadinho. O grande problema era que as comidas frescas não pareciam tão frescas assim; pra falar a verdade, algumas das coisas pareciam estar lá desde o ano passado, e isso restringia minhas possibilidades à comida pronta. Comida pronta, por sua vez, engorda! Na grande maioria das vezes. Mas não tinha muito o que fazer, já que esse era o “lugar” para comprar comida por lá. Me abasteci como deu e fiquei sem salada, meio desesperador.

Depois de dois dias estourando todas as metas calóricas diárias cheguei a uma brilhante conclusão: estava na praia, alguém, em algum lugar, deveria vender peixe! Então, comecei minha busca por uma peixaria, o que foi mais difícil do que pode parecer já que não havia muita civilização por perto. Depois de perambular por algumas horas e falar com algumas pessoas que moravam lá, achei um cara disposto a me arranjar alguns seres subaquáticos. Saímos da areia e entramos por uma trilha em meio aos coqueiros e andamos, andamos e andamos até chegar numa espécie de cabana, daquelas que tem nos filmes, no meio do nada e com aquela aparência de que as pessoas não saem vivas lá de dentro. Bem, eu devia ter previsto isso já que o cara que se ofereceu para me arrumar peixes tinha jeito de que também se ofereceria para me arrumar drogas, um rim ou até mesmo um passaporte falso. Enfim, minhas suspeitas de que coisa boa, de lá, não viria, estavam corretas. O peixe que ele tinha estava e bandejinhas de supermercado e vieram num saquinho com a marca do mesmo supermercadinho que não vendia coisas frescas! Sem contar que aquele casebre não dava pinta de ter energia elétrica, ou seja, o peixe devia estar menos fresco ainda...

Mas tinha um belo de um problema nas mãos. Como dizer pro sujeito que toda a boa vontade dele de me trazer pro meio do mato foi em vão? Fiquei com um certo medo de que minhas banhas fossem picadas com uma peixeira e os pedaços espalhados pelo mato, enquanto meus órgãos transplantáveis viajariam rápido para algum receptador local. Justiça seja feita, a reação do meu dealer de pescados não foi tão ruim assim frente minha recusa à mercadoria. Digo, ele não balançou um facão pra mim nem nada, mas estava decidido a tirar um pouco de meu dinheiro e o tom de voz que usou para deixar isso claro foi um tanto quanto agressivo. E intimidador. Ainda bem que é conversando que agente se entende e papo vai, papo vem, fechamos um negócio. Uma pena que minhas habilidades em negociações sejam tão ruins assim. Acabei comprando um... Da até vergonha de falar... Um... Bem, lá vai, por mais ridículo que seja, um kit de pesca. Tá bom, não era bem um kit, era mais uma vareta comprida com uma cordinha amarrada e um anzol. É, minhas chances de comer peixe estavam cada vez menores...

6 comentários:

  1. Dada a aventura para se conseguir peixe, sugiro que da próxima vez você leve uma lata de atum. Não é fresco, mas pode salvá-la.
    Beijos.

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  2. =O
    Menina, vc tem azar, hein? rsrs
    Boa sorte da próxima vez!!

    Bjs!!!

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  3. Desculpa, mas acabei rindo do seu post, eu nao teria a mesma paciência que vc rs rs


    bjs

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  4. Meu Deus, rs!
    Que loucura!
    Nao tem jeito, vc tem o dom pra contar suas historias, acabo rindo!
    Beijos

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  5. Contando assim fica até engraçado, mas na hora deve ter dado um meeeedo!!!
    Ai ai...sardinhas me mordam!!
    http://80diasparaemagrecer.blogspot.com

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  6. Desculpa! Te chamei de menina!!! rsrs...

    Corrigindo:
    Menino, você tem azar, hein? :P rsrs

    Sorry again!!

    =)

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