sábado, 6 de novembro de 2010

A feira e a ladeira.

Hoje eu fui a feira! Quando cheguei lá, tava uma animação só. Todas aquelas barracas, cheias de frutas e verduras, um monte de coisa que não engorda. Um prato cheio pra quem não pode encher o prato. Não tinha uma lista específica, mas uma ideia bem definida do que iria comprar, comida fresca e magra. Enquanto circulava pelas barracas e escutava sem prestar atenção a gritaria dos feirantes, repassei mais uma vez todo o trabalho psicológico que tinha desenvolvido: vai ser gostoso, vai ser gostoso, vai ser gostoso.

Minha primeira parada foi na barraca de peixes. Um filé de linguado para o almoço e uma posta de cação para o jantar. Justo, pouca comida, poucas calorias. Depois comprei dois papaias, alguns tomates, cebolas e cheguei à grande estrela da manhã, a barraca de folhas. Tava tudo tão verde, tão bonito. Eram várias bacias espalhadas pela bancada, abarrotadas dos mais variados tipos de folhas. E o melhor, tudo R$ 2,00. Fiz a festa, pedi alface americana, lisa, romana, escarola, rúcula, agrião e espinafre. Pra completar, algumas cenouras, beterrabas, alho-poró e salsão. E tudo R$ 2 cada! Pelo menos era o que eu achava. Quando o feirante começou a montar meu pacote, percebi que tinha cometido um grave erro tático. O preço não era pra cada unidade. Era pra cada bacia! tinha uns 3 pés de verdura em cada um daqueles potinhos. Fiquei meio sem reação, mas agora percebo que a atitude racional seria ter desfeito o negócio e reduzido meu pedido. Não fiz isso. E me arrependi profundamente no momento em que as sacolas foram transferidas pra minha mão. Como era pesado! quem disse que salada não pesa, se enganou profundamente.

Mas, não tinha mais o que fazer. Ergui a cabeça, segurei meus pacotes e voltei pra casa. Se bobiar, não preciso mais fazer minha dieta, já devo ter perdido os 10 quilos subindo metade da ministro rocha azevedo carregando aquela quantidade absurda e desnecessária de saquinhos. Meus braços estão tão doloridos que não consegui fazer mais nada depois que cheguei. Inclusive, é por isso que estou escrevendo agora e já vou parar por aqui, porque meus pobres músculos estão pedindo arrego. Ou gelol. Enfim, vou tentar criar coragem pra lavar, secar e ensacar aquilo tudo. E depois comer. To correndo um grande risco de virar coelho. E, se comer aquele peso todo, pode ser, ainda, que vire um coelho gordo.

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